A
REVOLUÇÃO FRANCESA
A
França vivia um período de instabilidade social profundo no século XVIII.O
povo,também ,chamado os “sans culottes”,por andar mal vestido e faminto,
constituía 98% da população.
Eles
formavam o Terceiro Estado, sendo que o Clero formava o primeiro e a nobreza (o
rei e seus pares)o segundo.
Apesar
de constituir a maioria,só o povo pagava impostos e sustentava o Estado nas
suas sofridas costas.O Rei ,a nobreza e o clero ,isentos de impostos e com
todas as regalias que o sistema feudal lhes proporcionava,vivia em
palácios,festas e caçadas,ignorando completamente o que se passava fora de seus
muros.
Naquele
ano,1792, a França teve um de seus piores invernos;a farinha,que fazia o pão,base
da alimentação da pobreza,teve seu preço elevado e ficou muito acima do bolso
dos mais pobres.A miséria campeava absoluta.
Nunca,
como naquele momento,as injustiças sociais do “ancien régime” doeram tanto.
A
nobreza dominava a política, a justiça e a religião.
Com
a França empobrecida por guerras perdidas o Rei convocou os Estados Gerais para
reorganizar as finanças do Reino. Reuniu-se o Clero,a Nobreza e o Povo,o
Terceiro Estado,composto de trabalhadores urbanos e agricultores e a pequena
burguesia;eram chamados deputados.
Mal
as discussões começaram, o Terceiro Estado retirou-se da Assembléia pois
percebeu que seus interesses estavam sendo manipulados e desconsiderados.
Revoltado,
o povo arrombou um castelo e roubou centenas de mosquetes; a pólvora,sabia onde
encontrar,na Bastilha,a tremenda prisão do Rei para onde eram levados os
opositores do Regime.
A
família real foi arrancada á força,de Versalhes e levada para as Tulherias,o
palácio de Paris.
A
revolta nas ruas estava cada vez pior.
O
Rei foi solicitado a assinar a Constituição, onde abria mão de direitos feudais
e cederia as exigências do povo,liderado por Robespierre,movido pelo
Iluminismo,difundido após a Guerra Civil Americana.
Criou-se
então a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a expressão:”Liberdade,Igualdade
e Fraternidade”,que perdura até hoje como símbolo dos movimentos libertários.
O
povo exigiu que Necker fosse o Ministro da Fazenda, o Rei aceitou,porém os
tumultos de rua continuavam.
Os
conservadores girondinos formados pela alta burguesia e trabalhadores
especializados ,começaram a se estranhar com os jacobinos,gente da baixa
burguesia que queria mudar tudo;instalou-se o caos e o Terror,comandados por
Robespierre e Saint-Just e inflamado pelo jornal de Marat,que exigia sangue e
dizia que não se faz revolução com água de rosas e, Danton,para quem o processo
da Revolução passava pela morte de tudo que existia e era conhecido.
O
Rei foi condenado á guilhotina,instrumento mortal inventado pelo Dr.
Guilhotin,que,mais tarde,provou do próprio veneno.
Nesta
“navalha nacional”,morreram milhares de franceses,inclusive Robespierre e a
Rainha Maria Antonieta.Instalou-se o Terror em 1793,onde todos desconfiavam de
todos ,matavam e eram mortos.
A
religião católica foi abolida,igrejas destruídas,os bens do clero,roubados e
freiras e padres violados e assassinados cruelmente.
Cristo
foi substituído por Marat,cuja banheira onde foi assassinado pela girondina
Charlotte Corday,foi elevada a sacrário e colocada nos altares, enquanto o
resto da Europa rugia de raiva e impotência.
Durou
muito tempo esse estado de coisas; até que foi criado o Diretório,governo de
cinco membros,entre eles um corso baixinho e com um ego do tamanho da Europa
chamado Napoleão Bonaparte.
Não
poderia terminar esse despretensioso ensaio sem falar no hino revolucionário “A
Marselhesa”,composto pelo oficial de cavalaria Joseph Rouget de Lisle e que
depois se tornou o hino nacional francês.
Eis
o refrão:
Aux
armes,citoyens
Formé
vous bataillons;
Marchons!Marchons!
Qu’un
sang impur
Abreuve
nous sillons.
Este
trecho “que um sangue impuro ágüe nossos arados” demonstra o teor de
hostilidade que vivia o país.
Será
que veremos tudo isto de novo? Agora que a extrema direita de Le Pin acha que
há muitos “sang impur “ na França?As revoltas populares daí não são como as
nossas ,no Brasil,que acabam em música,suor e cerveja.
Abra
os olhos,meu senhor.
MSales
Julho/2020
VIVA A LIBERDADE
COINCIDÊNCIAS
O escritor francês,Camilo Flammarion terminava a escrita de um livro ,no seu escritório ,quando ,de repente, uma terrível ventania entrou pela janela e levou parte dos seus escritos.
Conta-se que ,no dia seguinte ,um empregado da gráfica onde o livro seria impresso trouxe para ele as tais páginas dadas como perdidas.Um fato extraordinária quando se sabe que a gráfica era distante um quilômetro da casa do escritor.
O vento as levou até lá.
Quer mais? As páginas perdidas narravam a força e velocidade dos ventos.
Fonte: "O Livro das Coincidências"
MORA NA FILOSOFIA
HÁ BASTANTE RIQUEZA NO MUNDO PARA AS NECESSIDADES DO HOMEM,MAS,NÃO PARA SUA AMBIÇÃO.
GANDHI
CANTINHO DO (BOM ) HUMOR
SABEDORIA PORTUGUESA
MAS,VALE PARA NÓS TAMBÉM.
POEME-SE
VOLTE SEMPRE!
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