domingo, 11 de dezembro de 2016


O BLOG QUE É O AVESSO DO AVESSO
                                                                       FORÇA,RAPAZES

Sei que sou uma anta completa ,mas,acordei me sentindo mais feliz sabendo que,por vias indiretas,sou funcionária da Odebrecht. Duvidam? Odebrecht (e outras ) pagam nossos deputados e ínclitos senadores para trabalhar a favor dos seus projetos (deles,empreiteira) afim de ganharem trilhões fazendo obras públicas.Ora,nós saímos de casa uma vez no ano (ás vezes mais) para votar nestes parlamentares que vão defender e enricar a gente do seu Emídio ,portanto,indiretamente e sem levar um tusta furado,ajudamos e permitimos essa bandalheira.
Tem mais: ontem,assistindo como faço religiosamente (por isso pedirei indulgências plenárias ao papa),ouvi um tipo muito ligado ao mercado dizer o que eu já sabia:o* temer não precisa do povo,está se lixando pro povo,pois ,quem o sustenta são as grandes corporações e o mercado financeiro.que,aliás,foi responsável por "aconselhar' o supremo para deixar de lado as ousadias do jagunço de alagoas apenas para que sejam votadas as matérias que lhes interessam,A PEC E A PREVIDÊNCIA.
renan ainda não sabe que teve uma vitória de Pirro;logo,logo a vingança do supremo será maligna e ele desce pra Curitiba sem bilhete de volta.
Quanto a mim pretendo passar na Obebrecht e cobrar minha ceia de natal com direito a Veuve Cliquot .Sou modesta!
geddel ganhou um Patek Philip.

* Recuso –me e escrever com letras maiúsculas nome de gente minúscula.









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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

BAÚ DE LEMBRANÇAS

           BAÚ DE LEMBRANÇAS
Andei remexendo velhos baús e olha só o que deu;encontrei agendas antigas,recortes de jornais,anotações esparsas,um retalho de vida em cada canto.
Sempre escrevi,desde garota e adorava diários e agendas,velhos registros contendo vidas passadas e  histórias
mal passadas como um bife suculento.
Uma destas foi um registro do nosso Natal de 1997.
Cidade iluminada,corais cantando nas praças,shoppings belissimamente decorados,pacientes papais – noéis sentados nas cadeirinhas,sinos bimbalhando,gente induzida a ir ás compras,passear,tomar um chopinho ou um sorvete,ser feliz,enfim...
Como se ,de repente,não mais que de repente,alguém baixasse um decreto,uma medida provisória (já que estamos no Brasil)  dizendo assim:
“Fica decidido que ,da madrugada do dia 20 de dezembro  até a noite do dia 25 do mesmo mês,todas as pessoas serão obrigadas a ser felizes.”
Revogam –se as disposições em contrário.




              LÁ EM CASA
Apesar de serem apenas 3 horas da tarde,tudo já está pronto e arrumado.O peru,o ponche,receita secreta de minha mãe,o molho da macarronada,o pavê de sobremesa.
Para os que acham que servir macarronada,no Natal,não é de bom tom,digo que discordo;não somos ingleses para servir um plum -  pudding ou franceses para preferir um purê de nozes,tão sofisticado,muito menos, pratos de nomes e sabores estrambóticos,que,certamente,os filhos refugariam.
Pronto,fiquemos no macarrão,não pode faltar o queijo parmezon e um tinto de boa marca.
Minha família é meio complicada.Uma filha gosta de macarrão,mas,abomina certos molhos,que adoro;um filho não gosta de arroz.Meu marido só faz restrição a pratos que elevem o colesterol,ou seja,no Natal,quase todos.
 Aconselho:-Tome água de berinjela,todo mundo diz que é pau ,casca.
Ele diz preferir um purê de batatas. Eu,como boa nordestina,prefiro uma farofa  de manteiga,com ameixas.Mas,se eu puser as ameixas,ninguém mais come,só eu.E, ainda tem o meu neto,Daniel,que gosta de tudo e não gosta de nada,dependendo do “mau “ humor do dia.
Mas,eu amo administrar contrastes.Fico feliz ao arrumar a casa,cuidar da decoração,iluminar tudo,decorar a torta caseira coberta de chocolate,glacê de minuto,velha receita de minha mãe,depois dela nenhum Natal tem mais graça.
Sou uma pálida cópia do que ela foi.
Corta para o tempo dela:
Casa cheia de gente,Dita na cozinha,capitaneando os comes e bebes,minha mãe,numa azáfama ,correndo para dar conta de tudo,desde a escolha da toalha de renda até a combinação das flores.Rosas vermelhas,no Natal.Vasos de puro cristal tirados dos esconderijos dos armários.Taças lavadas e secadas,o cristal puro brilhando ao sol.Já beirando os oitenta ,queria fazer tudo.
Naquela época ,para mim,cabia as compras;a escolha dos vinhos e champanhe,que ,no Natal,podia ser nacional.Mas, no Ano Novo tinha que ser francês legítimo.Disso ninguém abria mão.Tomar um banho de Veuve Cliquot ,nas badaladas da meia – noite,garantiria um ano sem problemas financeiros.É verdade e dou fé.
O dia se passava assim.As crianças de olho nos presentes,Dita na cozinha,minha mãe na decoração,eu ,nas compras e meu pai a reclamar dos gastos.Como resmungava o Velho!Gastar dinheiro,eis o crime hediondo do seu Código Penal.A gente não ligava,o supérfluo é que alegra a vida.Mas,depois de sua morte passamos a valorizar cada palavra sua,cada conselho.Raul trazia o whisky e as demais bebidas,entre elas,o gin inglês Beefeater ,que ele apreciava.
Mas,o Natal de 97  foi a culminação de um ano difícil.O ano em que ,nós,os brasileiros,vivemos em perigo.Mas,deixa pra lá,chegamos todos vivos!
Comprei um pinheirinho – detesto aquelas árvores artificiais,cobertas de neve fajutas e enfeites sem graça que se vê por ai – Os presentes serão colocados e expostos aos pés da árvore,aguçando o desejo e a expectativa das crianças.Após a meia – noite ,o alvoroço para ver o que Papai Noel trouxe para cada um.Inutilidades,quase sempre.Ah,as inutilidades que se ganha no Natal!Apesar de fazermos um “amigo oculto”,a mão coça e acabamos comprando lembrancinhas para todos.
O Brasil é um país surpreendente!Ano difícil,muita choradeira,lojistas preocupados,já contabilizando prejuízos e,de repente,lojas cheias,shoppings lotados de gente bonita e perfumada,armadas de boa vontade e cartões de crédito,vamos gastar;a vida é curta e está ai o décimo terceiro pronto pra ficar na mão dos lojistas embevecidos.Este é o milagre brasileiro,uh- la- lá! É como se o inconsciente coletivo pensasse:_Já que não podemos matar as bruxas,para que matar as fadas?Viver é poder realizar sonhos e desejos;além do mais caixão não tem gaveta.
Para mim,os muito sovinas são os vegetarianos dos sonhos...

             GRAN FINALE
Ufa!Tudo arrumadinho;a Ceia será servida exatamente alguns minutos após a meia – noite,no terraço,lindo com as lantanas floridas e iluminadas.
Arrumei a mesa  de uma forma simples,mas,que ficou muito bonita.
De um cortiço perto da minha casa vem o som de uma música popular;eles não usam black – tie nem escutam Bach ,”Jesus, alegria dos homens”.Noto que iluminaram uma árvore grande,ficou bonito;graças aos coreanos , com seus enfeites e iluminação barata,a cidade é uma explosão de luz.
Meu caçula,Beto acabou de ligar;está em Juazeiro,com a esposa.Aninha ligou de Madre Deus,diz que a cidade está muito bonita.
Mara e as crianças estão fora,fiquei chateada o sogro dela viajou e não pude mandar nada para as crianças;esqueceram de me dizer que haveria um portador.

             SOLIDÃO
Em baixo,na antiga casa de minha mãe, apenas o silencio habitava.A tristeza entrou sem ser convidada e a saudade ,sentada na velha cadeira de meu pai,parecia indiferente á minha solidão e ao vazio que imperava.
Subi,quase correndo as escadas da minha casa para fugir das recordações e recuperar a alegria que ia escoando pela vala comum das lembranças.Por companheiro ,tenho Billie,o cachorro,pois o Raul,estava dormindo,indiferente á festa que se aproximava.
Bem, o Natal chegou e passou,de um jeito feliz para todos nós.

Esperemos o réveillon e o novo ano que virá!