sexta-feira, 5 de setembro de 2014

POLÍTICA: AS MOTIVAÇÕES DOS PEQUENOS


O BLOG DE JULHO/ AGOSTO/2014


AS MOTIVAÇÕES DOS PEQUENOS
Historicamente o governo do Brasil gira em torno de dois macropartidos com a participação de outros poucos grandes. Mesmo assim, em todo ano de eleição presidencial surgem inúmeros candidatos de partidos menores e que não conquistam um fração expressiva dos votos nacionais – mesmo se forem somados os eleitores de todos eles juntos. O que querem esses candidatos e como influenciam o cenário político durante a campanha?
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconhece 32 partidos políticos no país. Contudo, o cidadão médio se lembra de somente quatro ou cinco siglas. Desses 32, onze terão candidatos próprios ao cargo de Presidente da República. As últimas pesquisas de intenção de voto mostram que cerca de 70% dos brasileiros votariam em três dos candidatos, o resto se divide entre brancos, nulos, indecisos e os outros oito candidatos restantes, somados não chegariam no total obtido pelo menos cotado dentre estes três “grandes”.
A abundância de candidatos é favorecida pela falta de barreiras da própria Constituição. Qualquer brasileiro – com seus direitos políticos em dia – pode candidatar-se à Presidência da República. O especialista em comunicação política e moderador da Instituição Friederich Naumann, Marcelo Puppi, aponta outro fator à superpopulação de candidatos: “a falta de uma Cláusula de Barreira na nossa lei permite que qualquer um saia candidato”, referindo-se à norma que exigia um mínimo de participação de votos por parte dos partidos para manter o direito de representação partidária e que foi considerada inconstitucional, em 2006, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A falta de barreiras fomenta o surgimento de candidaturas de pequena expressão e a existência delas gera diversos desdobramentos. Como o espaço para propaganda política, que se fragmenta tanto no rádio quanto na televisão. Na visão de Puppi, a própria sequência de pleitos decididos no segundo turno é reflexo do excesso de candidaturas. “Nas últimas eleições, só tivemos segundo turno porque parte dos votos se dispersou entre as pequenas candidaturas”.
Marcelo Puppi cita Norberto Bobbio, filósofo italiano, para explicar as motivações de um candidato. “Bobbio ensina que existem duas razões para se fazer política: a primeira é chegar ao poder, a segunda difundir ideias”. Mas o próprio Puppi diz suspeitar de uma terceira, um tanto quanto dificil de provar:

1.   Conquistar um lugar no governo dos vencedores: 
O pequeno presidenciável pode ter entrado na disputa, desde o início, pensando em firmar alianças com os grandes, trocando seus votos e apoiadores e outros favores em troca de participação dentro do governo – caso o novo aliado saia vencedor do pleito. Este método é, possivelmente, a forma mais realista que o pequeno candidato tem de colocar parte de suas propostas de governo em prática.
2.   Servir de “laranja” para partidos maiores:
Há um lado mais sombrio da candidatura dos pequenos: partidos maiores podem financiar os menores para que lancem candidatos dedicados a fazer o jogo sujo, atacando a imagem de um forte opositor. “É uma prática de difícil comprovação na Justica Eleitoral. Porém, basta prestar atenção nos programas eleitorais e debates que podemos constatar as tais ‘linhas auxiliares’”, explica Puppi sobre a possibilidade de candidatos se prestaram ao papel de “laranjas”.
3.   O (utópico) sonho da vitória:
A terceira razão da insistência desses candidatos na corrida pela presidência é a real intenção de vencerem para então levarem adiante suas propostas de governo. Desta forma que surgem os candidatos profissionais. Esses são figurinhas constantes nos pleitos. Esses candidatos podem nunca ter vencido uma eleição, mas seguem tentando. Muitas vezes eles mesmos financiam suas campanhas que, como todas, têm um aparato político por trás, com seu espaço no horário político da televisão e do rádio, suas assessorias e agenda de campanha.
4.   Ganhar dinheiro:
A promessa de ganhar dinheiro durante a campanha funciona como um imã de candidatos para qualquer cargo. O dinheiro vem principalmente de doações e posteriormente pode vir de acordos firmados ao longo da campanha com empresas e partidos.



Para votar em algum desses “nanicos” é preciso – como com qualquer outro candidato – pesquisar seu histórico e ficar atento às coligações, ao jogo político e ao noticiário. E você, votaria num deles? Em quem? Por quais motivos? “Dê seu voto” nos comentários.
Fonte:Google
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