segunda-feira, 25 de abril de 2011

UM "MIMO" QUE RECEBI DE CURITIBA:VIAGEM À AUSTRÁLIA


 Cá estamos de volta para o Brasil, Paraná e Curitiba. É gratificante  ouvir o nosso sotaque, ver a nossa gente tão igual e tão diferente ao mesmo tempo..
.Foi muito bom ter contato com outro país, foi nossa primeira vez.  
Gold Coast, onde ficamos, é um pedaço da Austrália, é a Costa Dourada. Já falei de quase tudo o que me foi possível observar, mas estou no meu aconchego.
 Aqui estão as minhas raízes, a minha família, os meus amigos. Em outros tempos de minha juventude, talvez eu me aventurasse a morar em outro país, hoje não.
 Gosto da alegria do brasileiro, dos nossos sabores, da nossa diversidade. Gostaria muito que o nosso Brasil tivesse a qualidade de vida dos australianos, a segurança, a ordem, a igualdade social.   Asseguro que pelo menos em Gold, não vi pobreza, me pareceu até tudo  muito igual, com exceção da marina onde ficam os barcos, iates, veleiros. Ali vemos a cara da riqueza escancarada, como diz um sobrinho meu.
 Há aspectos interessantes, impensáveis aqui no Brasil. Os supermercados não vendem bebidas alcoólicas. Há revendedoras  exclusivas para isso  e se há duvida quanto a idade de um jovem que deseja comprar  esse tipo de bebida, tem que apresentar o documento provando que  é maior de idade.
 Farmácias não vendem quase nada sem receita, mas há um lado menos glamoroso nisso: há assalto para roubo de medicamentos  com o objetivo de manipular drogas.
 Outra coisa, os australianos ruivos são discriminados veladamente. Há um termo usado para  designar essas pessoas.
Lá no Pará, quando víamos um branco de cabelo ruivo e ainda  pixaim, chamávamos de sarará. É mais ou menos isso que designa os ruivos australianos. Os imigrantes -e são milhões- são a base das atividades que  exigem mão de obra menos especializada.
 Os jovens de  Gold , em sua grande maioria, não querem  o trabalho braçal.
 Indianos, japoneses, chineses, brasileiros ( Bahia, Minas, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Ceará... ) formam a massa trabalhadora nos hotéis, bares, construção civil , pizzarias, atendentes em lojas etc...  Mas se perguntamos se eles querem voltar, para seus países, a resposta quase sempre é não. 
 Um  estudante que trabalha cerca de 50 horas semanais, em dois empregos,  ganha cerca de 850 dólares por semana. É trabalho duro, mas eles dizem que vale a pena, então, que seus sonhos se realizem. Conhecemos uma jovem de Brasília que já conhece quase toda a Europa só com o que ganha como estudante. Não sei se dá para economizar, ela disse que sim.
Para quem deseja aventurar-se a ir para a Austrália, tem de investir no inglês, deve ter coragem para trabalhar  (a não ser que os pais banquem o sonho).
 Como eu já disse, Gold  Coast respira surf.  Vimos muitas criança mal saídas das fraldas já com suas pranchas e os pais incentivando a prática.  Parece que quando elas nascem já vão dizendo: quero uma prancha. Aprender a surfar  faz parte das aulas de educação física por lá.
  Vou ficando por aqui, dizendo que estou  feliz por estar no meu aconchego e já pensando em outro projeto de viagem, desta vez para a Europa, se Deus quiser.

*Obrigada, amiga Conceição Gomes, por esse texto tão informativo e gostoso de ler.



2 comentários:

  1. Caríssima Miriam,quanto ao texto,tem toda razão por todas as informações prestadas por Conceição Gomes.
    Com relação ao Lado Avesso,agradecer por tanta qualidade que a amiga nos oferece e,tambem,pelo mimo de publicar a foto em que estamos juntos no nosso primeiro encontro na ACB.
    Um beijo amigo de verdade.Belíssima noite.

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  2. Cézar,que seria de mim sem os amigos?
    Eles nos dão régua e compasso,nos ajudam a ser um pouco melhores e a compreender melhor pessoas e situações. bjks

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